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maio 12, 2024
Política

Luxuoso palácio do século XV hospeda Bolsonaro durante o G20 em Roma

Depois de cumprir algumas agendas na chegada à Itália para o encontro do G20, o presidente Jair Bolsonaro chegou ao Palácio Pamphilj, em Roma, um dos mais luxuosos do país e onde ficará hospedado.

O palácio tem mais de 500 anos de história e fica em um dos pontos mais procurados pelos turistas que chegam à capital italiana, a praça Navona, no centro da cidade. Com cinco salões, quatro galerias, capela e inúmeros quartos, alguns que ainda abrigam herdeiros da nobreza italiana, o prédio tem parte das dependências ocupadas pelo governo brasileiro desde o começo do século XX.

O palácio é fruto de várias gerações de nobres, entre eles, o papa Inocêncio 10º, e da fusão de construções herdadas em forma de dotes reunidas para serem transformadas no palácio, que teve sua construção concluída apenas no século XVII.

Além das estruturas e obras de arte, o prédio contempla uma biblioteca de arquivos valiosos. O prédio mantém o Arquivo Histórico Doria Pamphilj, composto por dezenas de milhares de documentos com o histórico de várias famílias da nobreza italiana, que, graças aos casamentos e heranças, acabaram formando os Doria Pamphilj. O arquivo ficou até fins do século XIX em Gênova, onde a família mantinha outras propriedades, e foi transferido em definitivo para Roma.

O núcleo originário em torno do qual a construção do palácio aconteceu foi adquirido em 1470 pelo clérigo Antônio Pamphilj, procurador fiscal da Câmara Apostólica. As propriedades ao redor, localizadas na praça Navona, foram agregadas ao palácio depois do casamento de Angelo Pamphilj, filho do procurador, com uma rica aristocrata, Emilia Millini, que era dona das diversas casas da região. Outras construções foram agregadas até que o palácio fosse transformado no que é hoje.

Depois de ficar quase três séculos na mão da mesma família, a construção suntuosa passou a abrigar outros clérigos e políticos estrangeiros, no século XVII. No início do século XX, o palácio foi transformado na sede da Academia Filarmônica Romana e, depois, parte do prédio foi alugada para armazéns, lojas, garagens e oficinas de restauração artística.

A embaixada brasileira ocupou parte do palácio na década de 1920, quando o governo brasileiro resolveu alugá-la diretamente com a princesa Orietta Doria Pamphilj, herdeira do primeiro dono.

O palácio e suas obras de artes foram adquiridos em definitivo pelo governo brasileiro em 1960 com atuação do embaixador em exercício Hugo Gouthier de Oliveira Gondim. O palácio passou por uma restauração logo depois da aquisição, e a nova sede foi inaugurada em novembro de 1961.

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